quinta-feira, 16 de janeiro de 2020
terça-feira, 14 de janeiro de 2020
Vertiginoso...
Estava com saudades. Confesso que escrever num país em que o ministro de Meio Ambiente é aliado dos que detonam a Amazônia, onde o Ministro da Educação escreve com uma incorreção gramatical de fazer corar um jumento e que tem ministros terraplanistas teleguiados por um "filósofo" que nem tem ensino Fundamental, enfim, é ato de coragem, ou de falta de juízo, sei lá.
O que importa é que o Brasil está a dois passos do paraíso do tapete vermelho, o red carpet hollywoodiano, com as produções "Dois Papas" e "Democracia em Vertigem". E, nas palavras que peço emprestadas do grande Mario Jorge Lobo Zagalo, tem gente que vai ter que engolir. E haja maionese!
O documentário da diretora Petra Costa, "Democracia em vertigem" se ocupa de um dos maiores acontecimentos da
história recente do Brasil: o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Aquela maldita noite de 2016, em que deram descarga na democracia, com direitos a pérolas como as do atual ocupante do Palácio do Planalto...
Na obra, Petra dá uma abordagem pessoal do fato histórico, narra em primeira pessoa, contadora de causo das boas! Uma prosa contada e bem contada. É a perspectiva de alguém que sempre se
identificou com a esquerda, em especial com o PT, filha que é de históricos militantes das alas à gauche da política brasileira.
Petra narra a sequência de fatos organizados para além dos fragmentos dos jornais. Além de capturar o retrato do
Brasil do impeachment, a cineasta mergulha em fatos políticos do
passado para entender como o país chegou até seu momento atual. Essa
análise começa nos anos 1970, com a transformação de um país que ainda
lutava para desvencilhar-se de uma ditadura militar sangrenta (aliás cultuada pela turminha que está hoje no poder...) enquanto
alçava à liderança política um certo metalúrgico sindicalista, Luís Inácio...
É um filme necessário pra quem quer entender todo o processo que ocorreu neste país nos últimos anos, com toda sua "direitização" e jogadas rasteiras. E, arrisco a dizer, vai ter dona Petra desfilando no red carpet!
Pra dar um confere, pega a pipoca e bota no Netflix!!!
ola, instituição coxinha
Uma coisa que me deixa com raiva é o hábito que muitos alunos têm de
colar. Aí é aquela coisa quase desesperada, os caras e minas não confiam
em seus cérebros, não acreditam em reservar uma meia horinha, quem sabe
uma, de seu dia, para ler, ler coisa que preste. Preferem ficar
engendrando bilhetes em letra minúscula, enfiados sabe Deus onde, para
poder consultar na prova, achando que o/a docente é idiota ou coisa do
tipo.
Pessoalmente, como ex professor e atual aluno, recorrer a tal artifício é
atestado de canalha. É dizer pro professor, pra professora: "é, não
estou nem aí de usar meu tempo para me dedicar a essa matéria chata, que
nunca vou precisar pra nada, eu é que sei, sou o/a cara!" ... E a
pessoa vá afirmar coisas que não sabe na prova, gerar uma nota fictícia e
um rótulo sapiente falso.
Corta. Vemos o avanço do "pensamento" à la droite que polui os
dias de hoje, com os olavos da vida se dizendo filósofos, os avatares
antipetista se revelando pulhas de marca maior, como aquele ex
presidente da Câmara e seus seguidores, para ficar por aí, esse pessoal
que idolatra deputados homofóbicos, "atores" se fazendo autoridades em
educação, âncoras de talk-show vociferando gracinhas fascistas e por aí vai.
Nisso, vejo o avanço do ato de colar e da cola. O telefone celular passa
a ser um aliado de tais expedientes. Se você pede o telefone dos alunos
na hora da prova, é taxado de repressor. Alunos/as "espertos" vão ao
banheiro durante prova, com seu telefone, e tome consultas relâmpago ao
oráculo Google...e como você prova isso?
Noto que a ideologia do "se dar bem" vem de braços e abraços com o
pensamento direitista, com a lógica de progredir pisando no pescoço
alheio. Ambas situações se irmanam com o mesmo princípio de buscar o
sucesso sem importar o preço. E para tal, os métodos honestos não
servem, pois seus resultados são demorados e de longo prazo. Lembro de
uma aluna, ao indagar porque o desespero pela cola, ela dizia "não ter
tempo". Tempo é questão de prioridades gerenciáveis. Você determina o
que é importante. Várias vezes acordo pelo menos uma hora antes do
habitual para estudar. É cansativo mas dá certo! É o único jeito de
realmente aprender, sem que seja um ato falso, uma mentira.
Pense nisso: os que seguem essa mesma lógica de quem rouba numa prova
colando...não diferencio um grupo de outro! E olha que estou afastado do
lado de frente da sala de aula faz um tempinho...
Extração de DNA em sala de aula
Adaptado do texto de Valesca Veiga Cardoso Casali, Emerson A. Casali e
Carlos Augusto B.M. Normann, publicado originalmente em NORMANN, CABM
(ORG.) Práticas em biologia celular. 2. ed. Porto Alegre: Sulina;
Porto Alegre: Editora Universitária Metodista IPA, 2017. 303 p. Uso
para trabalhos escolares permitido, desde que citando a fonte e os
autores e autora.
Introdução
Macromoléculas
de grande relevância biológica, os ácidos nucleicos, são usados
pelas células de todos os organismos vivos para fornecer as
instruções sobre os processos celulares, além de estocarem e
transmitirem essas informações. A informação genética é
decifrada através de um código genético, cuja tradução resulta
na síntese proteica.
Existem
dois tipos de ácidos nucleicos, ácido desoxirribonucleico (DNA) e o
ácido ribonucleico (RNA). Eles são polímeros lineares de monômeros
de nucleotídeos unidos por ligações fosfodiéster. Existem quatro
tipos diferentes de nucleotídeos tanto no DNA quanto no RNA. Os
nucleotídeos são
compostos
de um grupo fosfato, uma pentose (açúcar) e uma base nitrogenada
(púrica e pirimidínica), todos esses unidos por ligações
covalentes. A pentose do DNA é a desoxirribose, e a do RNA é uma
ribose. As bases adenina, guanina e citosina estão tanto no DNA
quanto no RNA, mas timina somente é encontrada no DNA, e a uracila
no RNA.
Watson
e Crick, em 1953, propuseram o modelo tridimensional do DNA baseado
nos estudos de Franklin e Wilkins. Esse modelo demonstra que o DNA é
uma dupla hélice e que duas fitas de DNA se enrolam em torno do eixo
das hélices. O DNA das células eucariontes apresenta três frações
caracterizadas pelo grau de repetição, apresentadas na sequência.
DNA
singular ou de cópia única
Constitui
a maior parte do DNA no genoma. As sequências que codificam
proteínas (isto é, a porção codificadora dos genes) compreendem
apenas uma pequena proporção do DNA de cópia única.
A
maior parte do DNA de cópia única encontra-se em extensões curtas,
entremeadas com diversas famílias de DNA repetitivo. Proporção do
genoma: 75%.
DNA
repetitivo disperso
Consiste
em sequências relacionadas que se espalham por todo o genoma, em vez
de ficarem localizadas. Os elementos repetidos dispersos mais
exatamente estudados pertencem à família Alu e à família L1.
Família
Alu
Tem
essa denominação porque a maioria dos seus membros é clivada por
uma endonuclease de restrição bacteriana denominada Alu I,
instrumento importante da tecnologia do DNA recombinante. Os membros
dessa família têm um comprimento de cerca de 300 pares de bases e
são relacionados uns aos outros, mas não exibem uma sequência
idêntica. No total existem cerca de 500.000 membros da família Alu
no genoma, estimando-se que constituam 3% do DNA humano.
Família
L1
Constitui
sequências repetidas longas encontradas em cerca de 10.000 cópias
por genoma. Assim, embora haja muito menos cópias nessa família do
que na Alu, seus membros são bem mais longos, e a contribuição
para a constituição do genoma é cerca de 3%.
DNA
satélite
Envolve
sequências repetidas (em tandem) agrupadas em um ou em alguns
locais, intercaladas com sequências de cópia única ao longo do
cromossomo. As famílias de DNA satélite variam quanto à
localização no genoma, comprimento total da série em tandem e
comprimento das unidades repetidas que constituem a série.
As
técnicas e as manipulações ligadas aos ácidos nucleicos têm sido
grandemente exploradas desde a década de 1970; hoje, essas técnicas
têm fornecido à ciência, à medicina e à indústria grandes
avanços.
Extrair
e isolar ácidos nucleicos de tecidos em quantidade suficiente e
integridade são essenciais na prática da biologia molecular. Neste
blogue, descreveremos uma
metodologia de fácil reprodução, através de uma técnica de baixo
custo e facilmente multiplicável, em especial em escolas de Ensino
Médio e Fundamental. É uma adaptação
da metodologia de Diane Sweeney Labs Biology: Exploring
Life© Pearson Education.
Objetivos
Permitir
extrair ácidos nucleicos de células de pseudofrutos de morango, que
podem ser facilmente utilizados em sala de aula porque são muito
macios e fáceis de homogeneizar. Compreender a função dos passos
da técnica, bem como dos reagentes envolvidos.
Materiais
Amostra
de tecido vegetal (um ou dois morangos), estilete, placa de petri,
bastão de vidro, banho-maria 60 °C, erlenmeyer, proveta, tubos de
centrífuga ou ensaio, funil, papel-filtro, álcool gelado (96%),
NaCl, detergente, água destilada.
Procedimentos
1.
Preparação do tampão de extração: misture em um tubo de
centrífuga ou ensaio 6 ml de detergente e 3 gramas de NaCl, complete
para 50 ml com água destilada (com o uso de proveta se possível).
Aqueça o tampão em banho-maria a 60oC.
2.
Picar em uma placa de Petri um ou dois morangos (sem as sépalas) em
pedaços pequenos.
3.
Adicionar a amostra no tampão de extração aquecido.
4.
Deixar em banho-maria a 60 ºC por 10 minutos.
5.
Filtrar a mistura com papel-filtro, recuperando o filtrado em um
erlenmeyer (ou em um frasco de vidro), que deve ser resfriado.
6.
Adicionar álcool gelado (96%) ao filtrado, deixando o álcool
escorrer pela parede do vidro LENTAMENTE. Formam-se duas fases, a
superior, alcoólica e a inferior, aquosa.
7.
Misture as fases e observe a formação de fios esbranquiçados, que
são aglomerados de moléculas de ácidos nucleicos (DNA e RNA e
polissacarídeos).
A
extração de ácidos nucleicos de células eucariontes consta
fundamentalmente de duas etapas:
• Ruptura
das células para liberação dos núcleos, que é feita pela ação
do detergente sobre os lipídios da membrana.
• Desmembramento
dos cromossomos em seus componentes básicos, DNA e proteínas: feito
a partir da saturação com o sal de cozinha, bem como pelos íons
fosfato presentes no detergente. O morango é usado por apresentar
células grandes, que se rompem quando são picados. O detergente
desagrega os envelopes nucleares e as membranas das células,
liberando o DNA. Um dos componentes do detergente, o dodecil (ou
lauril) sulfato de sódio, desnatura as proteínas, separando-as do
DNA cromossômico. O álcool gelado, em ambiente salino, faz com que
as moléculas de DNA se aglutinem, fo
rmando uma massa filamentosa e
esbranquiçada.
quando eu soltar a minha voz, por favor entenda....
...que palavra por palavra, eis aqui uma pessoa se entregando, diria o
Moleque de São Carlos, grande Gonzaguinha. E sonhos não envelhecem. Essa
foi escrita por Lô Borges, Márcio Borges e Milton Nascimento, em uma de
suas mais lindas canções, "Clube da Esquina no. 2". E é fato.
Desde que comecei a me interessar por música, alimento a vontade de
querer mais, de querer saber mais, me aperfeiçoar na coisa toda...
Se os primeiros acordes vieram, lá na adolescência, vencendo o desafio
de ser canhoto e usar o violão como destro, eles logo tomaram corpo. A
influência do ambiente da igreja ajudou a ter um motor para ir atrás.
Não que significasse algo fácil. Não que igreja seja garantia de bondade
humana. Muitos "nãos" ouvidos. Muita portas fechadas. Muito desdém.
Muito "ah, fulaninho toca"... Mas faz parte... Doeu, mas tô vivo.
Encadeamentos, harmonias, chord-melodies, aos poucos vão se achegando. O
gosto pessoal pela MPB me fez ir atrás de saber mais, de tocar melhor,
de nunca me contentar com o violão tocado de maneira tosca e medíocre.
Nunca quis ser o "violoneiro" que engana, ou tenta enganar, tocando
aquela meia dúzia de acordes mal enjambrados, como que fosse enganar aos
incautos.
Ombros de gigantes, como Lúcio do Cavaquinho, Cláudio Miranda, Fernando
Pereira e, mais recentemente e por curto mas bem aproveitado tempo,
James Liberato, me fizeram ir mais longe, no braço do violão e, mais
recentemente, da viola caipira, de dez cordas e afinada como um acorde
aberto de Mi Menor. O gosto em estudar Harmonia, Composição, Improvisos,
me abriram as portas da graduação no IPA. Os que dois anos antes eram
colegas de magistério superior, passavam a ser meus mestres e mestras. O
papo com a profe Elisa Cunha, então coordenadora do curso, um dia antes
do Vestibular ajudou a dar o passo que faltava, gratidão eterna! Sim,
fiz questão de fazer o Vestibular, em que pese uma graduação e um
mestrado na paleta. Pela porta da frente, sim!
De uma dessas pessoas de luz, uma docente, ouvi uma fala que me fez
romper anos, décadas, de menos valia. Ao realizar uma prova prática de
uma das disciplinas iniciais de Teoria e Percepção (não a própria, mas
uma introdutória), a professora, a querida Nisiane Franklin, ao me ouvir
solfejar o trecho da prova, acusou: "bah, está bem afinado, no tom
certo". E foi o que bastou. O esforço ganhou asas. O estímulo, na medida
correta, virou combustível para incentivar o ir adiante. Mestra
Jaqueline Barreto me fez abrir a boca, respirar decentemente e mandar
ver... gracias! O mesmo se aplica à flauta, descoberta relativamente
recente, por estímulo da madrinha acadêmica Kiti Santos. Há que lapidar
essa pedrinha, mas é possível!
Descobri a voz, sempre zoada por A ou B ou C, inclusive onde esperaria a
acolhida e incentivo, mas tive o desprezo e desdém, sempre
desmotivadoras pessoas, onde nem sequer esperava encontrar. Me arrisquei
a usar esse instrumento numa prova de Harmonia, do lendário Carlo
Pianta. É... e deu certo, creio eu! Ainda há que evoluir muito. Quem
sabe mais e mais metas para o pós formatura...jacaré parado vira bolsa.
A vertente de compositor veio à tona, enriquecida pelos novos
conhecimentos, por novas linguagens musicais. O saber mais, o ter novas
ferramentas de criação, me deixaram um compositor mais prolífico no
trabalhar a palavra e canção. A prova é o registro de algumas obras, aos
poucos, escrevendo-as na partitura, graças ao editor adequado. Aos
poucos vai...
O escrever ciência pelos óculos da Música, estimulado que fui pela profe Cecília Torres, está no prelo. Vamos enveredar por esse caminho, há o que contar e que cantar. As aulas dos professores Ayres Potthoff e Paulo Dorfman, recheadas de histórias e História, me sinalizam algo nesse sentido. A História da Música, em especial da música urbana de Porto Alegre, é um prato farto e cheio...
Ter colegas ajudou muito. Gente cujos nomes via em encartes de CDs, ali, ao meu lado, na sala de aula...baita incentivo, grandes incentivadores, na humildade das pessoas grandiosas de verdade, que se tornam incentivadores únicos e únicas... gracias, pessoal!
O escrever ciência pelos óculos da Música, estimulado que fui pela profe Cecília Torres, está no prelo. Vamos enveredar por esse caminho, há o que contar e que cantar. As aulas dos professores Ayres Potthoff e Paulo Dorfman, recheadas de histórias e História, me sinalizam algo nesse sentido. A História da Música, em especial da música urbana de Porto Alegre, é um prato farto e cheio...
Ter colegas ajudou muito. Gente cujos nomes via em encartes de CDs, ali, ao meu lado, na sala de aula...baita incentivo, grandes incentivadores, na humildade das pessoas grandiosas de verdade, que se tornam incentivadores únicos e únicas... gracias, pessoal!
Agora, fica o in
centivo
daquelas três que sempre vieram com o estímulo positivo, Ka, So e Cla.
Agora, o rito acadêmico. A certeza de que o sonho podia estar dormindo,
mas nunca envelhecendo.
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" Pensou que eu não vinha mais, pensou Cansou de esperar por mim Acenda o refletor Apure o tamborim Aqui é o meu lugar ( Mandaram me ch...